segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Deuses Astecas

Deus Jaguar

jaguar-homem olmeca, ou Deus Jaguar é um dos mais distintivos e enigmáticos desenhos olmecas encontrados no registo arqueológico.
Embora muitas vezes vistos em figuras de jaguares-homens bebés, este motivo pode também ser encontrado talhado em machados votivos de jade, gravado em várias figuras portáteis de jade e jadeíte, e retratados em vários “altares” (ou tronos), como os de La Venta. Os jaguares-homens bebés são muitas vezes segurados por uma figura estóica sentada.
A figura do jaguar-homem caracteriza-se por uma distintiva boca desdentada e voltada para baixo, olhos amendoados, muitas vezes envergando um toucado com abas laterais ondulantes. Adicionalmente, tal como muitos outros seres sobrenaturais olmecas, o jaguar-homem é muitas vezes retratado com a fronte rachada, de modo semelhante ao jaguar macho que tem uma rachadura vertical segundo o comprimento da sua cabeça.
Embora há algumas décadas se pensasse que o jaguar-homem olmeca era o motivo predominante na arte olmeca, as análises efecuadas ao longos das últimas décadas mostraram que o jaguar-homem, designado Deus IV por Peter Joralemon, é apenas um entre muitos seres sobenaturais.
O Deus Jaguar seria, segundo as incidências de sua imagem, a principal divindade do panteão Olmeca e seu culto poderia estar relacionado com a Guerra (devido ao fatode o Jaguar ser um animal naturalmente agressivo e, por conseqüência, temido),com a Terra (pois segundo algumas crenças Mesoamericanas, os Jaguares seriam os verdadeiros donos do mundo e, algum dia o iriam retomar dos homens), com as Florestas (por motivos óbvios, uma vez que este é o habitat dos Jaguares) e, com menor probabilidade, com o Milho (já que, como vimos e veremos, o milho se disseminou juntamente com a imagem do Jaguar pela América) e com as Chuvas(visto que as florestas onde os Jaguares habitam são úmidas). O culto ao Jaguar era tão forte no mundo Olmeca que possivelmente teria dado origem a uma espécie de culto messiânico.
Xipe-Totec

É questionável que este Deus tivesse feito parte do panteão Olmeca, mas alguns arqueólogos dizem ser possível identificar traços da crença nele nos artefatos Olmecas. Xipe-Totec era um Deus cultuado pelos Astecas, mas a crença nele não foi introduzida por este povo chegado do norte, era muito mais anterior, datando certamente de um período anterior a 200 d.C.. Ele era o Deus da Primavera, da Renovação da Vegetação, da Fertilidade e dos Doentes. Era representado por três crânios se abrindo, dando uma idéia de continuidade, de infinito. O único indício realmente forte de que este Deus tenha sido cultuado na época Olmeca é o fato de a crença nele datar de tanto tempo. A crença em Xipe-Totec pode ter caído com o aparecimento de novos deuses.
Huehueteotl

Este era outro Deus muito semelhante a Xipe-Totec, seu culto ainda existia no período Asteca, mas diferentemente do anterior, este já estava quase esquecido, sendo adorado apenas por uns poucos sacerdotes. Era o Deus antigo do Fogo. Aquele que (segundo a mitologia Asteca) fora superado por Huitzilopochtli, se tornara o Sol.
Em parte da mitologia Asteca, em seus registros mais antigos, onde Huehueteotl aparece com mais frequencia, falam sobre uma caraterística bizarra desse ser: ele gostava de um humano como “lanchinho”. Ele devorava  humanos, que eram trancafiados em seus templos para saciar sua fome. Contudo, não é certo que os seus sacerdotes reproduziam esse ritual grotesco em seu nome devido à falta de registro sobre essa entidade e seus cultos.
Coatlicue- Mãe dos Deuses Astecas

Coatlicue é, na mitologia asteca, a deusa da vida e da morte, mãe dos deuses, da lua e das estrelas. Sofreu tentativa de assassinato por sua primogênita Coyolxauhqui (também conhecida como a própria Lua) e seus 400 filhos, os Centzon Huitznauhtin (irmãos de Coyolxauhqui e representantes das estrelas no céu) após quebrar o celibato e engravidar do “Deus Céu” que veio em forma de pássaro e deixou uma oferenda de plumas, resultando no nascimento de seu filho e salvador, Huitzilopochtli (futuro Deus da Guerra da Mitologia Asteca) que nasceu fruto dessa “união” sem relações sexuais.
Ometecuhtli – Deus Asteca da criação

Ometecuhtli (O Senhor Deus) e Omecihuatl, A Senhora Deus, formavam a dualidade criadora na religião mexica.
Eruditos como Miguel León-Portilla traduzem Ometeotl/Omecihuatl como Senhor(a) da Dualidade, implicando um único deus de caráter dual.
Ometecuhtli representa a essência masculina da criação. É esposo de Omecihuatl e pai de Tezcatlipoca vermelho (Xipe Tótec), Tezcatlipoca preto (Tezcatlipoca), Tezcatlipoca branco (Quetzalcoatl), e Tezcatlipoca azul (Huitzilopochtli).
Este é um deus antigo, que não tinha templos, e era quase desconhecido pelo povo, mas muito nomeado nos poemas das classes altas. Devido a ser mencionado de uma maneira que parece ignorar o restante da cosmogonia asteca, Miguel León-Portilla sugestiona que talvez os sábios astecas estavam num processo de aglutinar os demais deuses nesta deidade.
Omecihuatl (Mulher dois, Senhora da Dualidade), deusa que representa a essência feminina da criação na religião mexica. Esposa de Ometecuhtli. Também é conhecido como tonacacihuatl, Senhora da nossa carne.
Ometeotl é também chamado “in Tonan, in Tota, Huehueteotl”, “Mãe a nossa, Pai o nosso, Velho Deus”. Como dualidade e unidade masculino-feminina, reside em Omeyocann, “o Sítio da Dualidade”, que, pela sua vez, ocupa o mais alto lugar dos céus. São pais do Universo e quanto há nele. Como “Senhor e Senhora da Nossa Carne e Sustento”, subministra a energia cósmica universal da qual todas as coisas derivam, bem como a continuidade da sua existência e sustento. Prove e mantém o ritmo oscilante do universo, e confere a cada coisa a sua natureza particular. É em virtude destes atributos que são chamados de “O Um Mediante O Qual Todos Vivemos” e quem “é o verdadeiro ser de todas as coisas, preservando-as e nutrindo-as”. Por ser metafísicamente imanente, Ometeotl é chamado Tloque Nahuaque, amo do vizinho e o afastado ou o que está perto de todas as coisas e de quem todas as coisas estão perto. Em tanto epistemologicamente transcendente, chamado de Yohualli-ehecátl, Um que é Invisível (como a noite) e Intangível (como o vento). Recebe também os nomes de Moyocoyatzin, “o inventor de si mesmo” e Ipalnemohua, “o dador de vida”.
Tlaloc – deus da chuva, o senhor do raio, do trovão, do relâmpago, senhor do inferno

Tlaloc (“Aquele que descansa sobre a terra”), também chamado Nuhualpili, é o deus asteca da chuva, fertilidade e do relâmpago, e é um dos mais antigos deuses adorados na Mesoamérica- as primeiras imagens que podem ser identificadas como Tlaloc datam do século 1 dC em vasos de Tlapacoya. Nestas pinturas, Tlaloc está representado criando relâmpagos. Os astecas retratavam Tlaloc com um jarro de barro ou panela em que ele guardava as águas da chuva. Tlaloc também tem dentes de onça e de olhos grandes – alguns pensam que Tlaloc era parte jaguar, um atributo que pode ter derivado da religião olmeca onde o jaguar-homem era a divindade primária.Seus equivalentes em outras culturas da mesoamérica são Chac (deus da chuva maia) e Cocijo (deus da chuva Zapoteca).
Os astecas acreditavam que Tlaloc vivia em cavernas nas montanhas onde ele guardava grandes estoques de tesouros. Talvez ligado a isso, estava a sua imagem como um “provedor” para as pessoas através das chuvas. Tlaloc governou a terceira das cinco eras astecas.
Tlaloc era casado com Chalciuhtlicue, deusa da água, e irmã da deusa da fecundidade, Chicomecoatl, que aparecia empunhando espigas, fruto da fertilidade da terra. Por vezes Tecciztecatl, deus da Lua, era considerado seu filho. Ele também era irmão do deus Huixtocihuatl.
Os astecas acreditavam que Tlaloc mantinha água em um jarro de barro e quando ele o quebrava, causava as chuvas. Os astecas também acreditavam que ele tinha três outras jarras. A segunda seria causar a doença nos seres humanos e pragas nas lavouras, a terceira, geada, e o a quarta traria destruição completa se ele a esvaziasse ou a quebrasse.
Com sua consorte Chalchihuitlicue, Tlaloc governou a terra paraíso de Tlalocan, um reino onde viviam mortais que morreram por ações de Tlaloc – por exemplo, ser atingido por um raio ou afogamento em uma inundação. Ele também governava sobre aqueles que morreram de lepra e outras doenças contagiosas.
Nos primeiros 3 meses do calendário asteca e também durante o festival de Hueytozoztli, “Grande Relógio” (festival para incentivar o crescimento do milho) crianças eram sacrificadas à Tlaloc por afogamento; crianças órfãs eram especialmente procuradas para esse fim . Também eram oferecidos ao deus virgens e crianças de peito. Afogavam as crianças no lago e ingeriam-nas depois de as cozer. Se alguma das mães chorasse durante esta cerimónia toda a assistência se alegrava,uma vez que era sinal de que choveria para que as colheitas crescessem. Com a chegada do cristianismo esta tradição foi substituída por ofertas (que ainda hoje se fazem), que se intensificaram em épocas de falta de água.
Tlaloc possuía um grande templo em Tenochtitlán, que, com Huitzilopochtli, fez o Hueteocalli, “Grande Templo”, uma dupla pirâmide que era o foco do ritual religioso asteca.
Huitzilopochtli- Deus Asteca da Guerra, das Tempestades e do Sol

Huitzilopochtli (traduzido por Beija-flor Azul ou Beija-flor Canhoto ou ainda Beija-flor do Sul) era o deus do Estado, das tempestades, do sol e da guerra asteca. Era o padroeiro da cidade de Tenochtitlán, capital da confederação asteca. Este deus asteca era filho de Coatlicue (“a da saia de serpente”). Suas irmãs eram Coyolxauhqui e Malinalxochitl, uma feiticeira bonita, que também era sua rival. Seu mensageiro ou imitador foi Paynal.
Em um dos mitos da criação gravados, Huitzilopochtli é um dos quatro filhos de Ometeotl, e ele fez o primeiro fogo a partir do qual Quetzacoatl criou metade do sol.
Este deus costuma ser representado todo de azul, todo armado, com penas de colibri na perna esquerda, um rosto negro, e segurando um cetro em forma de uma serpente e um espelho. Também a águia da coragem o personifica.
Eram, principalmente os prisioneiros de guerra que se aproveitavam para sacrificar ao deus.
Segundo Sahagún, Huitzilopochtli era um guerreiro robusto, forte e um grande destruidor de cidades e homens. Nas guerras ele era como “fogo vivo”, e temido pelos adversários. Seu emblema era de uma “cabeça de dragão que vomitou fogo de sua boca” (xiuhcoatl). Ele também pode se transformar em diferentes aves e animais.
Seu nascimento é relatado da seguinte forma: Coatlicue estava executando trabalhos sagrados na Montanha da Serpente, perto da cidade de Tula, e quando lhe caiu uma bola de plumas de tentilhão em cima, fazendo com que ela engravidasse. A sua filha Coyolxauhqui e os seus outros quatrocentos filhos (os chamados Centzon- Huitznauhas) revoltaram-se por ela ter engravidado de forma tão vergonhosa e decidiram reunir um exército para combatê-la. Mas Huitzipochtli tomou conhecimento do plano ainda no ventre enasceu do ventre de sua mãe totalmente crescido e armado dos pés à cabeça com uma armadura azul. Atacou a sua irmã com um cetro ardente em forma de serpente, cortando-a em pedaços e matou os irmãos restantes. Ele jogou a cabeça de sua irmã para o céu, onde se tornou a lua, de modo que sua mãe estaria confortado em ver sua filha no céu todas as noites. Ele jogou os outros irmãos e irmãs para o céu, onde se tornaram as estrelas. Foi desta maneira que se tornou o chefe dos astecas e lhes forneceu uma série de sinais que indicariam o sítio em que deviam fundar a sua cidade.
Tenochtitlán a capital do império tem sua origem diretamente ligada ao culto de Huitzilopochtli. De acordo com o Codex Aubin, os astecas veio originalmente de um lugar chamado Aztlan. Eles viviam sob o governo de uma elite poderosa chamada a “Azteca Chicomoztoca”. Huitzilopochtli ordenou a abandonar Aztlan e encontrar um novo lar. Ele também ordenou que eles não se chamassem mais “Asteca”, em vez disso eles devem ser chamados “Mexica”. Huitzilopochtli os guiou durante a jornada. Por um tempo, Huitzilopochtli deixou a cargo de sua irmã, Malinalxochitl, que, segundo a lenda, fundada Malinalco, mas os astecas se ressentiam sua decisão e chamou de volta Huitzilopochtli. Ele colocou sua irmã para dormir e ordenou que os astecas deixassem o local. Quando ela acordou e percebeu que ela estava sozinha, ela tornou-se irritada e desejou se vingar. Ela deu à luz um filho chamado Copil. Quando ele cresceu, ele enfrentou Huitzilpochtli, que teve que matá-lo. Huitzilopochtli então pegou seu coração e jogou no meio do lago Texcoco. Muitos anos depois, Huitzilopochtli ordenou que os astecas procurassem o coração de Copil e construissem sua cidade sobre ele. O sinal seria uma águia empoleirada num cacto, comendo uma serpente. Os astecas finalmente encontraram a águia, que se inclinou para eles, e eles construíram um templo no lugar, que se tornou Tenochtitlan (que significa “Local do fruto do Cacto”). Existem versões diferentes deste encontro.
Huitzilopochtli era uma divindade totalmente asteca sem nenhuma conexão com outra civilização mesoamericana diferentemente de outros deuses do panteão asteca. E era o principal deus cultuado na capital do império Tenochtitlán. Comumente representado com seus membros pintados de azul com penas de beija-flor em sua perna esquerda além de uma lança cerimonial. A guerra e a morte estão bem entrelaçadas em suas manifestações rituais. Os beija-flores, na cultura asteca e a ele associado em seu nome, eram considerados como sendo a alma de guerreiros perecidos que acompanhavam o Sol (Huitzilopochtli) em sua ronda diária pelo céu. O mito não deixa totalmente esclarecido se Huitzilopochtli foi um herói factualmente existente e posteriormente transformado em uma divindade ou se foi concebido como tal no panteão asteca, acredita-se que ele tenha iniciado a migração realizada pelos ancestrais do que depois seriam chamados de astecas em direção ao Lago Texcoco no século XII e as lendas em torno de nascimento apenas reforçam o que seria na verdade a transformação de um homem em divindade. Durante a migração rumo ao Lago Texcoco onde o império asteca de fato se estabeleceria uma figura de Huitzilopochtli foi conduzida por quatro sumo-sacerdotes onde segundo o mito teria feito promessas de vitórias em batalhas e conquistas sobre outros povos, consolidando seu caráter guerreiro.
Mixcóatl – Deus Asteca das Tempestades e da Caça

Mixcoatl como descrito no Telleriano Codex-Remensis.
Mixcoatl (nahuatl: Mixcōhuātl, “serpente nuvem”, pronunciado [. Miʃ.ko ː wa tɬ ː]), ou Camaxtli, era o deus da caça e era identificado com a Via Láctea, as estrelas, e os céus em várias culturas mesoamericanas. Ele foi o patrono da Otomi, chichimecas, e vários grupos que reivindicaram a descida da chichimecas. Enquanto Mixcoatl fazia parte do panteão asteca, seu papel era menos importante do que o de Huitzilopochtli, que era a sua divindade central. Sob o nome de Camaxtli, Mixcoatl era adorado como a divindade central da Huejotzingo e Tlaxcala.
Mixcoatl é representado com uma máscara preta sobre os olhos e distintivo vermelho e branco “listras doce-de-açúcar”, pintado em seu corpo. Esses recursos são partilhados com Tlahuizcalpantecuhtli, o Senhor da Alvorada, o deus da estrela da manhã. Ao contrário Tlahuizcalpantecuhtli, Mixcoatl geralmente pode ser distinguido pelo seu equipamento de caça, que incluiu um arco e flechas, e uma rede ou uma cesta para a realização do jogo morto.
Mixcoatl foi um dos quatro filhos de Tonacatecuhtli, que significa “Senhor do nosso sustento”, um deus criador idade, e Cihuacoatl, uma deusa da fertilidade e patrona das parteiras. Às vezes Mixcoatl era adorado como o aspecto “vermelho” do deus Tezcatlipoca, o “Espelho Esfumaçado”, que era o deus dos bruxos, governantes e guerreiros. Em uma história, Tezcatlipoca transformou-se em Mixcoatl e inventou a simulação de incêndio através da rotação dos céus ao redor de seus eixos, trazer o fogo à humanidade. Junto com este simulacro de incêndio cósmico, Mixcoatl foi o primeiro a atingir o fogo com pederneira. Tais eventos fizeram Mixcoatl um deus da Via Láctea, junto com a guerra e da caça.
Mixcoatl foi pai de 400 filhos, conhecidos coletivamente como o Centzon Huitznahua, que acabaram tendo seus corações comidos por Huitzilopochtli. O Centzon Huitznahua encontravam a morte quando eles, e sua irmã Coyolxauhqui, depois de encontrar sua mãe grávida Coatlicue, conspiraram para matá-la. No entanto, quando eles atacaram ela deu à luz Huitzilopochtli completamente formado e armado, que começou a matar os seus meio-irmãos. Mixcoatl também foi relacionado para 400 deuses, os Centzonmimixcoa, a quem, juntamente com os seus 3 irmãos (todos diferentes dos citados acima) e sua irmã, que ele matou por emboscada. Mixcoatl também foi pensado como sendo o pai de outra divindade importante, Quetzalcoatl, a serpente emplumada.
Então o pai de Quetzalcoatl Mixcoatl foi assassinado; Quetzalcoatl foi então informado por Cozcaquauhtli que os tios, que haviam matado seu pai foram Apanecatl, Zolton e Cuilton.
Quecholli, a vintena 14, o mês de 20 dias asteca, foi dedicado à Mixcoatl. A celebração deste mês consistiu da caça e da festa no campo. Os caçadores tomariam a forma de Mixcoatl vestindo-se como ele, acendendo um novo fogo para assar a caça abatida. Juntamente com estas práticas, o homem e a mulher seriam sacrificados à Mixcoatl em seu templo.
Tezcatlipoca- Deus Asteca, senhor do fogo e da morte

Se você já jogou Broken Sword deve lembrar desse carinha. Tezcatlipoca é um dos três grandes deuses da mitologia asteca: é o deus do céu noturno, da lua e das estrelas; senhor do fogo e da morte. Uma das figuras mais temidas do panteão asteca, criador do mundo, vigilante das consciências. Ás vezes é representado como um jaguar e carrega no peito um espelho através do qual podia ver toda a humanidade. É conhecido como “O Senhor do Espelho Fumegante”. As traduções para o nome de Tezcatlipoca são bem variadas e, algumas vezes, até contraditórias. Apesar de haver uma certa convergência quanto a tradução literal dos dois principais termos que compõe o nome do deus (Tezcatl e Poca), especialistas em náhuatl concordam que as questões referentes a esse debate não estão fechadas.
Tezcatl é freqüentemente traduzido por refletir ou espelho. Poca significa fumo, fumaça. Com a junção dos dois termos, teríamos a tradução mais usual: espelho fumegante.
Muitos estudiosos afirmam que a palavra tletl (luz) estaria localizada entre os dois termos anteriores, formando espelho de luz fumegante, mas essa hipótese não é confirmada.
Alguns especialistas de Tlaxcala apontam para a palavra Pucah, do idioma Otomi, que significa negro, mas a junção de dois idiomas, com o objetivo de compreender a etimologia do nome de um deus, é muito contestada.
Segundo uma lenda mexica, relatada pelo frei Andrés de Olmos, à pedido do Sol, os deuses se auto-sacrificaram no processo de criação do universo. Isso aconteceu em Teotihuacan e provocou um grande desespero nos seres humanos, que passaram a vagar à procura de seus deuses, chorando e rogando. Num determinado momento, Tezcatlipoca os encontrou e se compadeceu, orientando-os para que preparassem uma festa, com muita música e preces em sua honra. Finalmente, os deuses voltaram a se comunicar com seus filhos humanos e desde então, as preces e a música se tornaram elementos fundamentais nos cultos da região.
Desta forma, Tezcatlipoca é encarado como o deus responsável pela introdução desses elementos, além dos sacrifícios, na religião asteca.
Quetzalcóatl- Deus Asteca Pássaro-Serpente

 Quetzalcóatl é uma divindade das culturas de Mesoamérica, em especial da cultura asteca, também venerada pelos toltecas e maias. É considerada por alguns pesquisadores como a principal dentro do panteão desta cultura pré-hispânica. Os astecas incorporaram esta deidade em sua chegada ao vale do México, no entanto modificaram seu culto, eliminando algumas partes, como a proibição dos sacrifícios humanos.
O nome de Quetzalcóatl é composto de duas palavras de origem náuatle: quetzal, que é uma ave de formosa plumagem que habita a selva centroamericana e cóatl, “serpente” e é usualmente traduzida como “Serpente Emplumada”, “Pássaro Serpente”, ou “Pássaro Serpente da Guerra”; Especula-se que a origem desta deidade provém da cultura olmeca, no entanto sua primeira aparição inequívoca ocorreu em Teotihuacan. A cultura teotihuacana dominou durante séculos o planalto mexicano. Sua influências culturais abarcaram grande parte da mesoamérica, incluindo as culturas maia, mixteca e tolteca. Os maias retomaram a Quetzalcóatl como Kukulkán.
Quetzalcoatl representa as energias telúricas que ascendem, daí a sua representação como uma serpente emplumada. Neste sentido, representa a vida, a abundância da vegetação, o alimento fisico e espiritual para o povo que a cultua ou o indivíduo que tenta uma ascese espiritual.
Posteriormente, passou a ser cultuado como deus representante do planeta Vênus, simultaneamente Estrela da Manhã e Estrela da noite, correspondendo, com o seu gêmeo Xolotl, à noção de morte e ressurreição. Deus do Vento e Senhor da Luz, era, por excelência, o deus dos sacerdotes. É às vezes confundido com o rei sacerdote de Tula. Governava o leste.
Segundo fontes incertas e tradições orais, uma das representações deste deus é um homem branco, barbado e de olhos claros. Esta representação seria uma das justificativas da teoria de que os povos indígenas, durante a conquista da Nova Espanha (Mesoamérica), acreditaram que Hernán Cortez era Quetzalcóatl. O acadêmico multiculturalista Serge Gruzinski, analisando as crônicas do século XVI sobre a conquista do México, compartilha da crença de que os astecas realmente acharam que Cortez fosse Quetzalcóatl e essa é uma das razões pela qual os espanhóis dominaram tão facilmente a América Central.
O cacau, fruto tipicamente americano, era usado durante os rituais ao deus como uma bebida quente, o xocóatl, bebida que deu origem ao chocolate tão apreciado atualmente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário