Por Marcio Lima e Carlos Klimick
Segundo os setianos, existe uma "consciência" no homem, que na
maior parte das pessoas, permanece escondida durante toda uma vida. Daí a
necessidade de conhecê-la, descobri-la e usá-la. Partindo da premissa de que a
sociedade convencional é constituída de "homens adormecidos", sendo
condicionados à tudo e todos que estão ao seu redor. Seria de suma importância
para a humanidade aprender a pensar, a raciocinar e entender as coisas, sem
atribuir a um deus imaginário qualquer fenômeno de difícil compreensão. O que o
ser humano não compreende, vira produto da "vontade divina", e
seguindo a máxima dos crentes "Não devemos ousar entender Deus e seus
Mistérios". O que a Irmandade de Set propõe, é que descubramos a verdade
por trás das coisas e que nos livremos de tais fantasias. Como disse Aleister
Crowley, "não há nenhum deus senão o homem". Em suma, não há culto a
divindade alguma e sim a busca pelo desenvolvimento máximo das capacidades
humanas. A busca de uma "irmandade com os deuses". No que diz
respeito à Magia Negra, os setianos encaram-na como expressão máxima da vontade
do homem, maneira pela qual perseguem metas e traçam objetivos, sem associação
alguma à malefícios ou sacrifícios de animais e de pessoas. O ponto a ser
observado é o seguinte: na Magia Branca, realiza-se a vontade de Deus, e não a
do homem. Na Magia Negra, tendo o homem como seu próprio Deus, a sua vontade é
realizada, usando seres inferiores no auxílio da realização desta, alcançando
assim a expressão mais divina de si mesmo.
Informações Gerais e Política de Admissões
na Irmandade de Set
A Filosofia Setiana - A Irmandade de Set procura ao máximo honrar
e preservar a consciência, ao contrário das religiões que adoram a natureza,
causando assim forte rejeição delas àIrmandade devido ao fato desta
"endeusar" o homem. O caminho trilhado pela Irmandade de Set é o
processo para a criação de uma Essência individual e poderosa que existe acima
e além da vida animal. É o verdadeiro veículo para a imortalidade pessoal. Este
processo tem alguns componentes:
Antinomianismo - A Iniciação começa com a negação e rejeição da mentalidade de rebanho. Os valores culturais e sociais das massas, são verdadeiros obstáculos para o desenvolvimento espiritual individual. Cada um formula seus próprios valores. Nas religiões ocidentais convencionais, tal independência é chamada errôneamente de "Satanismo". Não existe culto a qualquer entidade na Irmandade de Set. O iniciado não busca apenas se libertar de um "deus" externo, e sim, de tudo o que controla externamente, coisas como propaganda, mídia, hábitos e costumes. A sociedade convencional freqüentemente condena aquilo que não pode facilmente entender. Coisas como racismo, sexismo, etc, são rigorosamente condenadas por essa sociedade. Na Irmandade de Set, segundo os adeptos, eles não promovem nenhuma dessas coisas, insinuando que qualquer manifestação de independência intelectual da consciência é algo mal visto perante a sociedade, o que não deixa de ser extremamente lógico.
Individualidade - Ninguém fará por você o seu trabalho de auto-transformação. Cabe a si mesmo a intensidade de sua busca, e não ao Irmandade. É você quem deve ditar suas metas e objetivos, não com impulso e emoção, e sim através da sabedoria.
Controle - O Iniciado deve ter um forte senso de disciplina para conseguir aquilo que deseja. A habilidade de reconhecer, iniciar e completar grandes missões é o que o diferencia de alguns pobres ocultistas, que tentam ser grandes através de incoerentes "feitiços".
Magia Negra - Num sentido muito bem definido, os setianos praticam a chamada Magia Negra. Sua fórmula é "minha vontade será feita", em oposição à Magia Branca, cuja fórmula é "vossa vontade será feita". A Magia Negra é evitada, porque ela significa ter absoluta responsabilidade sobre seus atos e conseqüências. Usá-la por motivos egoístas não é uma atitude setiana. A Magia Negra, dentro da filosofia Setiana, é o meio pelo qual o Iniciado experimenta sua própria divindade, em vez de rezar para deuses imaginários.
Antinomianismo - A Iniciação começa com a negação e rejeição da mentalidade de rebanho. Os valores culturais e sociais das massas, são verdadeiros obstáculos para o desenvolvimento espiritual individual. Cada um formula seus próprios valores. Nas religiões ocidentais convencionais, tal independência é chamada errôneamente de "Satanismo". Não existe culto a qualquer entidade na Irmandade de Set. O iniciado não busca apenas se libertar de um "deus" externo, e sim, de tudo o que controla externamente, coisas como propaganda, mídia, hábitos e costumes. A sociedade convencional freqüentemente condena aquilo que não pode facilmente entender. Coisas como racismo, sexismo, etc, são rigorosamente condenadas por essa sociedade. Na Irmandade de Set, segundo os adeptos, eles não promovem nenhuma dessas coisas, insinuando que qualquer manifestação de independência intelectual da consciência é algo mal visto perante a sociedade, o que não deixa de ser extremamente lógico.
Individualidade - Ninguém fará por você o seu trabalho de auto-transformação. Cabe a si mesmo a intensidade de sua busca, e não ao Irmandade. É você quem deve ditar suas metas e objetivos, não com impulso e emoção, e sim através da sabedoria.
Controle - O Iniciado deve ter um forte senso de disciplina para conseguir aquilo que deseja. A habilidade de reconhecer, iniciar e completar grandes missões é o que o diferencia de alguns pobres ocultistas, que tentam ser grandes através de incoerentes "feitiços".
Magia Negra - Num sentido muito bem definido, os setianos praticam a chamada Magia Negra. Sua fórmula é "minha vontade será feita", em oposição à Magia Branca, cuja fórmula é "vossa vontade será feita". A Magia Negra é evitada, porque ela significa ter absoluta responsabilidade sobre seus atos e conseqüências. Usá-la por motivos egoístas não é uma atitude setiana. A Magia Negra, dentro da filosofia Setiana, é o meio pelo qual o Iniciado experimenta sua própria divindade, em vez de rezar para deuses imaginários.
Histórico
Set - É o deus egípcio Set, cujo sacerdócio remonta a épocas
pré-dinásticas. Imagens de Set tem sido datadas de antes de 3200 a.c. Set é uma
imagem metafísica bem mais complexa e menos estereotipada que o judaico-cristão
Satã. Na antiga cultura egípcia, Set passou por grandes períodos de
popularidade e outros de grande impopularidade. Nos períodos pré-dinásticos e
arcaicos, era uma divindade extremamente positiva, visto como uma extensão da
existência. Era dessa forma, o deus da expansão dos limites e das mudanças do
ser. Era popular entre os orientais, com seu culto tendo sido espalhado
rapidamente. Durante o Médio Império Set foi reduzido a um símbolo do Egito
Superior e aparentemente visto somente o festival Setiano de heb-sed
(unificação). Foi nessa época que ele foi acusado do assassinato do deus Osíris.
Anteriormente, dizia-se que tal deus havia morrido afogado. Não importa o
quanto os osirianos retratem Set como sendo mau, pois em seu simbolismo, o
assassinato de Osíris significa a destruição das restrições da sociedade, a
aceitação da auto-mudança e auto-cultivo sobre as forças que levam a
auto-estagnação. Os hicsos, estrangeiros que invadiram e dominaram o antigo
Egito, identificaram-se com Set, e estabeleceram sua capital em um antigo local
setiano, Avaris. O segundo renascimento setiano pode ter ocorrido durante a
XVIII Dinastia, e atingiu seu ápice nas XIX e XX Dinastias, quando uma família
de sacerdotes setianos tornou-se a linha faraônica. Nesse tempo, Set era muito
popular, podendo ser observado através de nomes de faraós como Seti (homem de Set)
e Setnakt (Set é poderoso). Dois textos Setianos importantes foram traduzidos:
O Conto dos Dois Irmãos, conta como Set (identificado como o deus Bata) sofre
uma série de metamorfoses (Xeperu) que o transformam de um colono para uma
estrela na constelação de Ursa Maior. Dessa forma Set representa o indivíduo
que através do seu próprio trabalho árduo , habilidades mágicas e uso de
resistência no mundo Torna-se divino. O segundo texto é o livro do conhecimento
da Força Espiral de Ra e do Sentimento de Apep. Com o início da XXII Dinastia,
o Egito entrou em longo declínio. Set tornou-se muito impopular, com sua
adoração sendo cessada em todos os lugares, exceto no oásis e na cidade de
Tebas, onde seu culto foi absorvido no culto de Montu, o senhor da guerra de Tebas.
Enquanto o Egito se virava para um passado idealizado, Set-heh, o deus do vazio
chamado futuro, era esquecido. Foi nesta época que a Irmandade foi fundada,
para impedir que a filosofia e os ensinamentos de Set se perdessem. Pois, para
eles a decadência do Egito era inevitável e um longo sono deveria anteceder ao
renascimento de sua civilização. O terceiro renascimento veio com a vinda dos
gregos ao Egito. O sucesso da magia greco-egípcia, apesar da perseguição
romana, viu uma expansão de ambos os aspectos filosóficos e mágicos dessa
tradição para o norte, até a Inglaterra. O 3º século da Era Comum foi o ápice
do Hermetismo Setiano. Mas com a imposição do Cristianismo como religião
imperial romana, o individualismo foi novamente desprezado. O cristianismo
egípcio identificou Set com Satã e ele quase desapareceu de vez da história.
Seu quarto renascimento deu-se no século 19, com a onda de ocultismo que tomou
a Europa.
Por todos estes séculos a Irmandade de Set continuou a existir em
segredo. Buscando não a adoração de Set, mas sim seguir seus ensinamentos, sua
filosofia, sua eterna busca pela evolução. Pessoas de potencial e filosofia
similares foram recrutadas para a Irmandade, garantindo a sua sobrevivência.
Seus altos critérios fizeram com que seus membros sempre fossem poucos, porém
de alto valor. Hoje, a Irmandade de Set ainda se mantém em segredo e não tem
planos de se revelar ao mundo. Eles evitam antagonismos com outras ordens,
mantendo uma neutralidade inclusive em relação ao Culto de Ísis. Tão secreta é
sua atuação que a Ordem de Hecate ainda não sabe da sua existência.
Estrutura da Irmandade Setiana
A Atmosfera deliberadamente individualista do Irmandade de Set não é
facilmente condutora a atividades em grupo em uma rotina ou base programada. Não
existem "dóceis seguidores", e sim filósofos e magistas que cooperam.
A autoridade do Irmandade é mantida pelo chamado Conselho dos Nove, o qual
indica o Sumo-Sacerdote de Set e o Diretor Executivo. Os Iniciados são
reconhecidos segundo seis graus: Setiano 1º, Adepto(a) 2º,
Sacerdote/Sacerdotisa de Set 3º, Magister/Magistra 4º, Mago/Maga 5º e
Ipsíssimus/Ipsíssima 6º. Apesar dos termos Sacerdote e Sumo-Sacerdote, deve-se
ressaltar que Set não é cultuado nessa organização. Ele é respeitado e as
linhas gerais de sua filosofia é seguida, mas o objetivo é a evolução do
próprio setiano e não a exaltação da figura lendária de Set. Pode-se dizer que
o sacerdote ou sacerdotisa de Set venera a si mesmo/a. Esta é uma importante
distinção em relação ao Culto de Ísis.
O conhecimento do Irmandade de Set se torna disponível para seus membros
por diversos meios. As pesquisas e descobertas de seus membros são divulgadas
em uma publicação mensal chamada de "Revelações de Set". O acesso a
estas informações se faz de várias formas: mala-direta via e-mail; sites na
internet de acesso restrito; contato pessoal; etc. As publicações confidenciais
são enviadas na forma dos antigos hieróglifos egípcios e em código. Esta
precaução por si só garante sua confidencialidade. As "Revelações de
Set" são encadernadas a cada ano em um anuário que pode ser requisitado
pelos membros da Irmandade. Além disso, um "Livro dos Iniciados" foi
criado para os iniciantes. Nele se encontra o conhecimento básico, a história e
as regras da Ordem. Cada novo membro recebe o "Livro dos Iniciados"
quando se junta a Irmandade. Muitos iniciados ficam distantes um do outro e em
função disso o Irmandade de Set mantém um sistema organizacional equipado para
atendê-los à distância, em vez de utilizar filiais. Entretanto, existem Pylons,
uma espécie de fórum corporativo e interativo para iniciados individuais. Cada
iniciado deve afiliar-se à um Pylon, no prazo máximo de um ano de sua admissão
no Irmandade. Há um tempo limite de 02 anos para cada novo Setiano se qualificar
para o reconhecimento como adepto. Caso isto não ocorra, sua afiliação será
cancelada. Existem vários círculos dentro da Irmandade, cada um correspondendo
à uma área específica das artes e ciências mágicas. O adepto deve filiar-se a
um Círculo que reflita seus interesses e aptidões pessoais. O conhecimento de
todos os Círculos fica à disposição a todos os iniciados do Irmandade. Os
Setianos podem e devem se comunicar uns com os outros, e para isso existe uma
lista de Intercomunicação contida no "Livro do Iniciado" e Conclaves
periódicas são agendadas em bases regulares, nacional e internacionalmente.
Existem também "sites" e "listas de discussão" em que
informações são passadas em código e/ou cujo acesso é restrito a setianos. A
afiliação com o Irmandade é mantida em segredo, conhecida apenas pelo
Sacerdócio. A Irmandade de Set mantém sua existência em segredo e não cogita
revelar-se ao público ou assumir a forma pública de uma ONG. Ela possui membros
infiltrados em diversas organizações. As demais ordens de feiticeiros sabem de
sua existência, com exceção da Ordem de Hecate por ser muito nova, mas são
registros incompletos e pouco confiáveis. As ordens que a conhecem melhor são o
Culto de Ísis, por razões óbvias, e a Ordem do Eterno Amanhecer, por seus registros
sistematizados. A Irmandade de Set é neutra em relação as demais Ordens, desde
que elas não interfiram com seus objetivos.
Objetivos
A Irmandade de Set
tem como objetivos o desenvolvimento do poder místico de seus membros. Eles se
esforçam por desenvolver novos feitiços e rituais, e obter os feitiços e
rituais dos outros, e coletar amuletos e talismãs. Seu envolvimento com o poder
público e influência na sociedade mundana tem sido esporádico, mas tende a
aumentar.
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