quinta-feira, 6 de novembro de 2014

NOTÍCIAS - Era do Caos

JORNAL O GLOBO, 13 DE ABRIL DE 2001

Novo acidente em plataforma

Petrobrás retira trabalhadores da P-7 após vazamento.

Um novo acidente em plataforma petrolífera forçou na madrugada de ontem a Petrobrás a retirar 106 pessoas da P-7, na Bacia de Campos. Os operários foram levados de barco para as plataformas de Pampo e Enchova, por causa de um vazamento na tubulação da P-7. A Petrobrás lacrou os 17 poços ligados à plataforma que produz 15 mil barris por dia e está localizada a 120 kilômetros da costa. Segundo a diretoria da empresa, vazaram 26 mil litros de óleo. O vazamento na P-7 foi controlado às 14h30min. O acidente ocorreu três semanas depois da morte de 11 operários na explosão da P-36."
Em Era do Caos:
Os acidentes na plataformas da Petrobrás são oriundos de sabotagem. O propósito da Elite é transferir o controle da bacia petrolífera de Campos, a maior do Ocidente, para as mãos da iniciativa privada. para isso é necessário desmoralizar a Petrobrás. Os sabotadores agem em conluio com funcionários da Petrobrás. Porém, está havendo uma divergência na Elite. Alguns membros pretendem colocar a bacia de Campos sob o controle de uma multinacional, outros preferem que a empresa privada seja de origem brasileira. Essa divergência levou ao surgimento de um pequeno grupo da Elite que prefere manter a bacia sob o controle da Petrobrás e a Petrobrás sob o controle da Elite. Os três grupos estão se enfrentando indiretamente em conspirações. Os personagens podem ser elitistas de baixo nível hierárquico, ou se verem envolvidos nas tramas dos três grupos ao investigarem os acidentes nas plataformas de petróleo.

JORNAL O GLOBO, DOMINGO, 04 DE JUNHO DE 2000

Ex-soldados acusam o Exército de matança

Testemunhas dão nova versão para o confronto de 91 na fronteira com a Colômbia: mortos eram garimpeiros e não guerrilheiros.

TABATINGA (AM), MANAUS (AM) E BOGOTÁ, COLÔMBIA. Em fevereiro de 1991, após uma emboscada guerrilheira que matou três soldados no posto militar do Rio Traíra, fronteira do Amazonas com a Colômbia, o exército brasileiro deflagrou uma reação que resultaria dias depois na morte de pelo menos sete colombianos. Desde então, o Exército sustenta que os mortos eram guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (Farc) que reagiram ao cerco da tropa brasileira. Nove anos depois, surge nova versão para o conflito: um sargento e dois soldados que participaram da ação, comerciantes colombianos e parentes das vítimas afirmam que os mortos eram garimpeiros sem ligação com a guerrilha, que foram perseguidos, capturados, torturados e executados por militares brasileiros.
Em Era do Caos
O fato pode se reproduzir no futuro e é investigado pelos personagens. Outra opção é os personagens estarem na região quando o fato ocorre, sendo testemunhas ou tomando parte de um dos lados do conflito.
A área já era um foco de tensão entre garimpeiros colombianos e militares brasileiros. De um lado, os garimpeiros colombianos entrando no território brasileiro para minerar ouro. Do outro, os militares brasileiros querendo impedir a ocupação de qualquer jeito. Escaramuças de ambos os lados, com garimpeiros sofrendo ameaças e agressões de militares antecederam o ataque terrorista da Farc ao posto militar brasileiro.
No mundo de Era do Caos, um dos capitães do Exército Brasileiro na região é um sammaelita (ver "Caídos") e aproveitou a ocasião para cometer uma atrocidade. Enquanto militares brasileiros caçavam guerrilheiros e garimpeiros que fossem informantes dos guerrilheiros. O capitão Sammaelita comandou um grupo de soldados que executou garimpeiros inocentes. (Cabe ao Mestre do Jogo decidir se na sua versão da história guerrilheiros e/ou seus informantes também foram mortos pelo Exército Brasileiro. Seria uma boa cobertura para o capitão sammaelita e complicaria as investigações e decisões dos personagens) Os personagens podem ser investigadores do Ministério Público, particulares ou jornalistas tentando desvendar o caso. Eles também podem estar tentando impedir que a tragédia se repita.

O MUNDO NA ERA DO CAOS
O Dragão Continua de Pé
Contrariando as expectativas de diversos analistas, a China não seguiu o caminho da União Soviética e continua de pé. Seu programa de "dois sistemas, um páis" para Hong Kong parece ter dado certo e o país continua crescendo. Mas, será esse crescimento, um desenvolvimento econômico?
Dentro e fora da China existem pressões para que o país adote um regime democrático de governo. A elite chinesa resiste, alegando que precisa de tempo para fazer as reformas. O exemplo do desmoronamento soviético dá força a este argumento. Além disso, num mundo globalizado, em que existem bilhões de dólares investidos no crescente mercado consumidor chinês e na sua capacidade de produção a baixo custo, alguém ousaria pressionar demais a China. Um bloqueio econômico não causaria uma recessão mundial?
Duas hipóteses assustam atualmente os analistas. A união econômica do Japão com a China. A China entraria com seu mercado consumidor e capacidade de produção a baixo custo, e o Japão entraria com o capital e a tecnologia. Apesar de mutamente benéfica, tal união é improvável por razões históricas e culturais. A outra hipótese, igualmente assustadora, é que esses dois gigantes se enfrentem em uma guerra comercial que levaria o mundo a uma recessão ainda pior.
Chamas e mortes na Capital do Jogo
LAS VEGAS, ESTADOS UNIDOS - Um atentado do grupo terrorista cristão "Últimos Dias" vitimou doze pessoas num cassino em Las Vegas. Sete pessoas morreram quando uma bomba explodiu na cozinha, as demais morreram sufocadas ou pisoteadas durante o incêndio. O grupo "Últimos Dias" tem como ideologia purificar o mundo antes do retorno de Jesus, que eles julgam ser iminente. Las Vegas e Los Angeles são para esses fanáticos as novas "Sodoma" e "Gomorra".
O grupo "Últimos Dias" assumiu a autoria do atentado por telefone. O FBI ofereceu uma recompensa de US$ 50.000,00 por informações que levem à captura do grupo.

JORNAL DO BRASIL, QUARTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 1998
Capital do Congo fica quase vazia
KINSHASA. Sem eletricidade, cortada pelos rebeldes que se apoderaram da usina hidrelétrica de Inga, a capital da Republica Democrática do Congo, Kinshasa, continuava ontem com suas atividades progressivamente diminuídas, pois a aproximação das tropas guerrilheiras está levando não apenas os estrangeiros a abandonar o país, como os próprios congoleses a procurar abrigo em cidades onde são menores os riscos de combates.
O presidente Laurent-Desiré Kabila dirigiu-se para Harare, no Zimbabue, para participar de reunião com os ministros da Defesa daquele país e também da Namíbia e da Angola, na busca de uma rede de apoio para manter-se no poder. Kabila chegou ao poder em abril do ano passado, depondo o ditador Mobutu Sese Seko, com amplo apoio externo, incluindo o das vizinhas Ruanda, Uganda e Angola. Mas os tutsi congoleses, etnia que formou o maior contingente de seu movimento guerrilheiro anti-Mobutu, se voltaram agora contra ele, aparentemente com o apoio de Ruanda, onde a etnia tutsi é majoritária.
EM ERA DO CAOS
Estas guerras civis africanas foram um incentivo à formação da Elite. O continente, por demais conturbado, acaba tendo seu potencial sub-aproveitado, atrapalhando até mesmo as principais atividades ilegais lucrativas. À Elite não interessa quem está no governo da República Democrática do Congo, mas sim minimizar os efeitos da guerrilha neste país. Sua influência foi determinante para costurar o acordo entre o presidente Kabila e os países vizinhos. Dois agentes da Elite se infiltraram em Ruanda para descobrir as ligações deste país com os gerrilheiros congoleses.

JORNAL DO BRASIL, SEGUNDA-FEIRA, 1 DE FEVEREIRO DE 1999
População de Freetown foge
Violência da guerra em Serra Leoa, marcada por mutilações, assusta habitantes da capital
FREETOWN- Centenas de pessoas aguardavam sábado em fila o momento de receber seus passaportes, ao mesmo tempo em que outras tantas ocupavam barcos e helicópteros, num crescente abandono da sofrida e sitiada capital de Serra Leoa. A todo momento a emissora oficial de rádio transmitia apelos à população para não participar do êxodo, afirmando que a segurança de Freetown está garantida pela forte proteção dada pela Ecomog, a força multilateral que defende o governo do presidente Ahmed Tehan Kabah.
"Ninguém deve deixar o país por problemas de segurança. A Ecomog está revertendo a situação", afirmou um de seus chefes, o general Maxwell Khobe. Suas palavras, no entanto, pouco significaram para aplacar o temor da população quanto a possibilidade de essa força multilateral, liderada pela Nigéria, ser forçada a bater em retirada, deixando Freetown sem defesa contra as forças rebeldes.
O comandante militar nigeriano, general Abdusalami Abubacar, tinha dito quarta-feira última que faria Serra Leoa retomar "a paz e à normalidade" de maneira a que suas tropas possam partir até 29 de maio, data programada para o juramento do novo governo civil da Nigéria. As tropas nigerianas constituem a maior parcela da Ecomog que, juntamente com as mal pagas e indisciplinadas milícias de Serra Leoa, se encarregam da defesa do governo de Kabah.
O exército de Serra Leoa foi desmantelado no ano passado, e muitos soldados que passaram para o lado dos rebeldes conquistaram recentemente amplas regiões do interior do país, em sua campanha para se apossar do governo. Depois de atacarem a capital, nos primeiros dias de janeiro, os rebeldes foram afastados de lá há duas semanas. Embora a contagem de vítimas seja imprecisa, o governo diz que o total aproximado de mortes ocorridas em combate desde dezembro situa-se em torno de 2.500.
Terror - No alto de um abandonado hotel de luxo, helicópteros faziam sábado, por quantia equivalente a US$ 300 por pessoa, vôos de 15 minutos até o aeroporto internacional de Serra Leoa. Barcos que partem da doca central de Freetown são rapidamente ocupados pelas pessoas que para ali se dirigem imediatamente após receberem seus passaportes no Departamento de Imigração. Ontem, nove dos 13 cidadãos indianos que tinham sido seqüestrados pelos rebeldes na semana passada foram libertados e partiram logo a seguir para Conacri, na Guiné. Três outros foram mortos durante o cativeiro e o último está vivo mas ferido, e nada se sabe sobre seu paradeiro, informou uma fonte do Consulado Geral da Índia.
Centenas de pessoas permaneciam ontem com as mãos amputadas no Hospital Connaucht, de Freetown, transformado num cenário de horror. Em silêncio, elas ruminavam sua ânsia de vingança. As ataduras que envolviam seus pulsos ainda mostram marcas de sangue, mas as vítimas não se queixam; apenas esperam que os mesmos machados com que foram seccionadas suas mãos sirvam também para desmembrar os rebeldes.
Laman Yusuf, de 37 anos, é um destes. Ele vivia em Kissi, uma aldeia a leste de Freetown onde o guerrilheiros chegaram à noite, no início de janeiro, em busca de "colaboradores do governo". Yusuf conta: "Eles nos tiraram de nossas casas e disseram que iríamos ficar sem mãos por apoiarmos o presidente. Éramos 50 e de todos nós cortaram as duas mãos. Durante três dias fiquei escondido, por vergonha de mostrar como haviam me deixado, até que vim para cá".
A Igreja Católica denunciou que os rebeldes mataram uma freira e outras duas mantidas em seu poder também morreram quando serviam de escudos humanos durante um combate a leste de Freetown. No entanto, outros quatro religiosos seqüestrados pelos guerrilheiros conseguiram fugir. As seis freiras e um padre tinham sido seqüestrados no dia 14 de janeiro numa missão em Freetown.
Segundo os sobreviventes, os guerrilheiros assassinaram a sangue frio a missionária Eloisa Maria, que pertencia à ordem fundada por madre Teresa de Calcutá, por ser demasiado fraca para segui-los. Uma das religiosas que conseguiram fugir foi ferida à bala e transferida para a Guiné num helicóptero da ONU.
Humilhante - O padre espanhol Luis Pérez Hernandez, que foi seqüestrado pelos rebeldes no dia 12 de janeiro e conseguiu fugir 10 dias depois, aproveitando-se da confusão causada por um bombardeio, relatou momentos de terror. "No primeiro dia do seqüestro, nos esbofetearam e desnudaram. Foi humilhante. Toda a tarde, os homens voltavam bêbados e drogados. Neste momento, tudo podia acontecer", contou.
O padre, que escapou junto com o arcebispo de Makeny e outros cinco religiosos, teme que guerra se torne endêmica no país. "Nenhum dos lados tem poder para ganhar. Sei que é difícil pensar em pactuar com pessoas que mutilam inocentes, mas o out6ro lado também mata indiscriminadamente. O Exército diz que as marcas nos ombros identificam os rebeldes que carregam armamento, mas quem não carrega água, lenha, qualquer coisa em Serra Leoa?"
EM ERA DO CAOS
Politicamente, a Elite não tem interesses em Serra Leoa. Porém, as empresas estrangeiras na região têm enfrentado muitos problemas. Não foi preciso muito esforço por parte de alguns elitistas para convencer o governo nigeriano a mandar uma força militar de apoio. Contudo, esta é uma situação provisória.
Como foi visto na primeira edição de Era do Caos, o problema em Serra Leoa não foi solucionado e a ONU acabou tendo que enviar uma força de paz. A Elite está bem intrigada com essa perseverança dos guerrilheiros de Serra Leoa, isso porque eles não consideram ou subestimam a participação de elementos sobrenaturais no conflito, particularmente de feiticeiros.

JORNAL DO BRASIL, DOMINGO, 23 DE AGOSTO DE 1998
Angola de novo em chamas
Choques com guerrilheiros trazem de volta espectro da guerra que matou 500 mil
MOMBO, ANGOLA. As copas das palmeiras farfalham na brisa e um pássaro canta: são os únicos sons nessa aldeia angolana, depois que os habitantes fugiram durante combate entre rebeldes da União Nacional para Independência Total de Angola (Unita) e tropas do governo. Dois dias depois do tiroteio que matou dois soldados do governo, cartuchos vazios e uma granada intacta espalham-se pelo chão. As paredes de barro das cabanas estão chamuscadas, os tetos de palha, carbonizados. Objetos dispersos (uma panela, uma velha bacia de lavar, esmaltada) são indícios da partida apressada dos moradores.
O choque na província de Luanda Sul faz parte da pequena guerra no mato que foi ateada em junho, depois que Unita e o governo acusaram-se mutuamente de violar um acordo de paz intermediado pela ONU em 1994. A briga ameaça se transformar em guerra total, como o conflito anterior, que matou meio milhão de pessoas e deixou o país em ruínas.
Terror: desde junho, centenas de pessoas morreram em emboscadas e massacres. Helicópteros da ONU têm sido alvejados. Trabalhadores dos serviços de ajuda e socorro abandonaram metade das 18 províncias do país, com alguns fugindo em meio ao tiroteio. Segundo trabalhadores em organizações de direitos humanos, os dois lados estão alistando jovens. Minas terrestres vêm sendo novamente colocadas num país que tem mais minas em seu solo (as estimativas vão de 9 milhões a 20 milhões) do que qualquer outro, excetuando o Afeganistão.
As perspectivas de reverter a tendência dos acontecimentos vão ficando cada vez mais escassas. O número mantenedores de paz da ONU caiu de 7.000 em 1995 para 700. Seu mandato expira em 15 de setembro e a paciência está se esgotando. É improvável que a ONU faça novamente uma operação maciça, caso irrompa a guerra.
"A não ser que os dois lados queiram se ajudar mutuamente, nada podemos fazer. Não podemos impor a paz", diz o coronel K.T. Parnaik, chefe de missão de observadores militares da ONU.
Dizem que o líder da Unita, Jonas Savimbi, que é oficialmente o líder da oposição mas nunca assumiu seu posto na capital, está empenhado em assumir o controle do governo. Há poucos dias, o Conselho de Segurança da ONU responsabilizou formalmente a Unita pela recente onda de combates.
Na capital, Luanda, o delegado da Cruz Vermelha, François de la Roche, aponta no mapa áreas onde até recentemente seu pessoal e outros ajudavam refugiados, cuidavam dos doentes e dirigiam programas educacionais. Agora, muitas regiões de Angola, um país maior do que a França, são áreas que eles não visitam.
Justamente quando muitos angolanos estavam voltando para casa depois de passar anos em campos de refugiados, a onda de combates interrompeu esse fluxo e criou 75.000 novos refugiados.
Fuga: Almirante Nunga, a mulher e seis filhos abandonaram sua aldeia de Muriege, 100 Km a leste da capital provincial de Saurino, em Luanda Sul, quando forças da Unita avançaram para lá em junho, dando tiros para o ar.
Em sua cabana de palha num campo de refugiados perto de Saurino, Nunga diz que os 16 policiais da aldeia fugiram. "Eles estavam usando trajes civis por cima dos uniformes. Perguntei a um deles por que não ficavam para lutar e ele me disse: 'Estou com medo, exatamente como você'." Repetindo táticas usadas em outras partes, a Unita expulsou todo mundo de Muriage, exceto seus partidários.
O partido governante, Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA) está fazendo o mesmo. Segundo confirmou a ONU, em muitas regiões que a Unita cedeu ao governo de acordo com o plano de paz, o partido perseguiu dirigentes políticos locais da Unita, levando-a a suspender essas entregas.
Por sua vez, o governo acusa a Unita de emperrar o processo de paz e observa que o grupo não tem se desmobilizado como exigia o acordo.
Durante a Guerra Fria, Washington apoiou a Unita contra o então marxista MPLA, que tinha a seu lado tropas cubanas e armas russas. Colocados diante de um impasse, os dois lados concordaram em realizar eleições em 1992. A Unita, que ficou em segundo lugar, se recusou a aceitar os resultados, e a guerra recomeçou, durando mais dois anos.
Diamantes e balas
CATOCA, ANGOLA. A poucos quilômetros da área dos choques entre as tropas do governo e os rebeldes, escavadeiras fazem um buraco gigantesco para extrair milhões de dólares em diamantes. Uma centena de russos e dezenas de brasileiros e israelenses trabalham ao lado de 700 angolanos na mina de diamantes de Catoca, província de Lunda Sul.
Yuri Jeliabovski, administrador de exploração de Catoca nascido na Sibéria, acredita que os ataques rebeldes da Unita na região podem ter o objetivo de fechar a mina e privar de receita o governo, que é sócio de firmas da Rússia, Brasil e Israel na produção de Catoca.
Grande parte dos recentes combates se concentra em torno de zonas produtoras de diamante, à medida que cada lado procura extinguir a fonte de recursos do inimigo. A segurança ficou mais rigorosa desde que os combates se intensificaram em junho. Tropas do governo patrulham as vizinhanças. Policiais da tropa de elite anti-terrorista estão acampados perto da estrada. Sempre que empregados de Catoca têm de ir até a capital provincial de Saurino, guardas particulares de segurança os acompanham, armados com fuzis.
Mas eles precisam muito pouco de ir a essa cidade decadente, com sua difusa fedentina de excrementos e montes de lixo. O consórcio minerador criou sua própria cidade, limpando o matagal das adjacências. Tem pista de aterrissagem, posto médico, mini-mercado, padaria, restaurante, salão de bilhar, de sinuca, sauna. Os trabalhadores podem ver a TV de Moscou, a CNN, canais a cabo de esportes e filmes em seus aposentos com ar condicionado.
EM ERA DO CAOS
A posição da Elite em Angola é muito delicada. Há membros seus nos dois lados da contenda. Portanto, não é possível tomar um partido direto, mas as pressões são várias. Estes interesses não partem somente de Angola, mas de políticos e empresários de países interessados nas minas de diamantes.
Assim sendo, a Elite usou sua influência para favorecer a ação da ONU no país. Sempre que interesses internos em um país gera um conflito de interesses dentro da Elite, ela procura fortalecer a posição de um órgão neutro para atuar na questão. A ação da ONU pareceu resolver os problemas no país por um tempo, contudo os conflitos voltaram à tona. Inicialmente, a Elite considerou o problema de ordem interna e lavou as mãos. Porém, recentemente levantaram suspeitas que um dos lados está usando a "máquina" da Elite para favorecer seus interesses, o que vai contra o "código de ética" elitista.
Agentes da Elite foram designados para investigar a denúncia e se infiltraram na força de paz da ONU. Um foco de boatos é a mina de Catoca. Elitista de outros países estariam interessados em tomar o controle da mina do Brasil, Rússia e Israel.
Para tornar a situação mais tensa, Lendas de Angola atacam indiscriminadamente ambos os lados do conflito. Contudo, estes ataques misteriosos apenas ajudam a fomentar a guerra entre a Unita e o Governo.

JORNAL DO BRASIL, TERÇA-FEIRA, 23 DE FEVEREIRO DE 1999
Órgão para transplante
NEW HAVEN, EUA. Cientistas da Alexion Pharmaceuticals Inc. estão criando porcos geneticamente modificados com o objetivo de ter um banco de órgão para transplante em humanos. No ano passado, uma pequena empresa de biotecnologia descobriu, com a ajuda de cientistas australianos, como alterar uma molécula semelhante à do açúcar nas células de porco, de forma que os anticorpos humanos não a reconhecessem como estranha. A molécula age com um imã para os anticorpos, enganando-os.
A Alexion patenteou o processo, testado com êxito em camundongos e macacos, e até o fim do ano vai iniciar os testes com seres humanos.
EM ERA DO CAOS
A pesquisa genética se tornou a verdadeira mina de ouro do futuro, sendo o que foi há pouco a informática. A disputa entre as empresas, a espionagem industrial, e até mesmo o uso clandestino de métodos anti-éticos se tornaram cada vez mais comum.
A Biotech se tornou a maior multinacional neste campo graças ao uso militar de suas descobertas, como os já famosos tecidos a base de celulose e teia de aranha. Contudo, ela não é a única, e a competição se torna cada vez mais acirrada.
Enquanto algumas empresas lutam arduamente para a liberação da clonagem humana para transplantes, a Biotech tem feito estudos recentes (e secretos, é claro) em kanaímas para descobrir o segredo de sua regeneração.
AVENTURA PRONTA PARA ERA DO CAOS RPG

Esta é uma aventura pronta em três partes para personagens Caídos. Estamos apresentando aqui as primeiras duas partes, a terceira será apresentada na atualização de Maio.

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