sexta-feira, 31 de março de 2017

Botos

Meu povo é antigo, fomos criados pela deusa Arasi, ainda em Ivy Tenondé para guardar os cursos de água e criaturas aquaticas, daí o nome Yarasí, Bem se éramos anjos nos tornamos feras na primeira ruptura, na Terra integramos o conselho dos feras, meio homens, meio botos, com um poder de sedução sem limites, o acunha de encantados foi primeiro dado a nós, antes mesmo do aparecimento do primeiro caruana, botos que se tornavam homens e mulheres que ganhavam cauda dos botos. Durante a guerra do descobrimento encontramos nossos irmãos caribenhos, eles mantinham as três formas, indiferente do sexo. Nos infiltramos nas sociedades humanas, usamos nosso charme para obter vantagens ao povo nativo, os outros feras nos olhavam com desconfiança, ainda mais porque haviam Igpupiaras que passavam a assumir a forma de Iaras, bem os tempos foram turbulentos e não foi a primeira ou segunda ruptura que nos levou a nossa atual condição. Foi a caça e o extermínio, a destruição dos rios, rituais feitos com a carne de nossos botos, supertstições do povo, no começo do século passado nosso número já era insuficiente, foi quando recorremos ao conselho. Em uma cerimônia ni-guará um Aunkê falou sobre a possibilidade de mudança, havia contactado um saci que lhe contou como o antigo povo havia sido salvo. Como podiam existir como caruanas, só que os deuses estavam distante, precisávamos mudar nossa natureza para existir e fomos com os Aunkê até os andes, encontrar aquela velha criatura na forma de um duende que encantava as mulheres, esse sátiro andino, chamado por vezes de deus da sedução, o Trauco. O trauco, ele tinha a chave do ritual e a essência dele se fundiu ao meu povo, nossos filhos não eram mais botos mas nasciam sem alma, servindo de receptáculo aos demais caruanas e nos tornamos espíritos imortais destinados a habitar estes corpos sem alma e aqueles que morriam de afogamento, nossa essência aquatica os revitalizava e ao mesmo tempo assumia a forma de botos.Somos também os únicos caruanas que podem usar animais como receptáculos, pena que os botos são tão poucos. Essa é nossa história, o resto se constitui de lendas.


As velhas alianças não cessaram, ainda integramos o conselho dos feras, somos poucos e estamos perderndo a guerra, os guará sucumbem ao devastamento do serrado, os Amazonas se infiltraram na sociedade do homem branco e desapareceram, os guaríbás em maioria sucumbiram à maldição do Quibumgo, mas os Jaguar, Jacaré e Cobra continuam bem ativos. As iaras nossas irmãs hoje se mesclam àquelas que foram igpupiaras, traçamos também alianças com este povo, mas preferimos a nhemongaba à anhangaúna, porque não temos problemas com os homens brancos, somente queremos a preservação das selvas e nascentes.Somos muito ligados aos curupiras e caiporas, embora os caiporas sejam tão tristes e tenham atques de loucura, sabemos que podemos contar com os sacis eles já nos ajudaram e devemos isso a eles, desconfiamos dos kurupis e Tereijaguas pois são corruptos e degenerados, os mapinguaris que arrancariam sua cabeça e depois falariam com você e os sombrios loisons, ligados demais à morte e distantes da vida. Bem o povo Dalphin, nossos primos ainda habitam o litoral e por meio dele conseguimos uma bela aliança com os Orishas, principalmente com os filhos de Olokun, as Iemanjás e Oshuns. E cuidado com os humanos, eles ainda nos temem, apesar que as humanas ainda nos desejam, que esperam ansiosas para que saiamos dos rios com nosso terno branco para lhes render uma noite inesquecível de amor.


O que queremos


Barreiras hidrelétricas, desmatamento em série, uma mancha de óleo que tingiu o oceano, degetos tóxicos de uma mineradora, são a demonstração de que nosso trabalho está longe de terminar. Mas somos poucos, não podemos lutar contra isso, somente os humanos teriam força, e por isso agimos junto a eles. Temos poucas vitórias, os outros feras e caruanas podem duvidar de nossa influência, mas a luta jurídica contra essas coorporações destruidoras é a única forma de vitória eficiente que conseguimos. Por mais que as vezes seja necessário o uso da força. bem é isso.

Forma encantada : O personagem se transforma em um boto mantem seus atributos INT e WILL e trocando os demais pelos atributos do animal. Nessa forma o caruana se desloca a uma velocidade de 10 m/s multiplicada pelo seu nível . Consegue se comunicar com outros caruanas ou com humanos por meio de poderes.
Benção: Sedução. Botos são naturalmente charmosos e sedutores. Em termos de regras, Botos recebem um bônus de +3 em CAR e todos os seus testes na perícia Sedução se tornam fáceis.
Maldição: Prisão Aquatica. O Boto tem que se banhar toda noite em água corrente limpa.
Botos
Nível 1 – Comunicação. A entidade consegue se comunicar com seres aquáticos.
Nível 1 – Voz de gente. Permite ao Boto falar de maneira limitada enquanto estiver na Forma Encantada e quando estiver em Forma Humana permite alterar a frequência de sua voz tornando-a mais agradável ou ameaçadora. Este poder confere um bônus de 10% em perícias sociais dependendo de como o Boto modificar a sua voz.
Nível 2 – Comunicação. Enquanto estiver em forma de boto o personagem pode se comunicar telepaticamente com outras criaturas.
Nível 2 – Controle das Correntezas. A capacidade de controlar as águas ao seu redor. Permite agitar ou acalmar as águas, puxar ou empurrar objetos e seres vivos e outros feitos permitidos pelo narrador. Este poder realizar efeitos com força 2D, mais 1D de força a cada nível. A área afetada é igual a 100 metros e dobra a cada nível adquirido.
Nível 2 – Telepatia. O boto consegue se comunicar telepaticamente enquanto estiver na Forma Encantada.
Nível 2 – Ventriloquismo. O personagem consegue projetar a sua voz em um ponto qualquer do ambiente, causando a impressão de que há outra pessoa no local ou que ele está naquele ponto. A voz pode ser projetada em qualquer ponto que esteja em um raio igual a con do Boto em metros.
Nível 3 – Companheiros de Viagem. Permite ao caruana encantar algumas pessoas para que elas possam respirar debaixo d’água e se comunicar telepaticamente entre si. Cada ponto de Vontade gasto permite encantar uma pessoa que passará a respirar debaixo d’água e nadar sem grandes dificuldades mesmo que não saiba faze-lo. O Boto não cede a sua velocidade aos seus companheiros e não deve permitir que eles se afastem ou o encantamento cessará.
Nível 3 – Distorção sonora. Com o refinamento de sua habilidade vocal o boto se torna capaz de emitir zumbidos subsônicos que afetam o cérebro das pessoas causando desequilíbrio, incômodo e até mesmo induzindo estados de relaxamento e excitação sexual. Em termos de jogo o personagem faz um teste de will x will contra a vítima desejada para produzir o efeito que ele quer. Para usar este poder o poder o personagem não pode estar falando e nem fazendo uso dos níveis anteriores; além disso o poder é inútil contra pessoas surdas e, a critério do narrador, não pode ser utilizado em ambientes de intensa poluição sonora. Confira alguns efeitos possíveis
Desequilíbrio; todos os testes de AGI se tornam difíceis por 3d6 rodadas
Desconforto; redutor de -20% em testes que envolvem concentração e calma como dirigir, ler livros, pesquisar na internet, etc...
Raiva; a vítima se torna irritadiça e precisa passar em um teste de Will para não perder o controle.
Relaxamento; faz com que o alvo fique mais à vontade e bastante calmo.  Testes que envolvam lábia e perícias similares recebem um bônus de 10%
Excitação; Torna os testes de sedução fáceis.
Nível 3 – Mestre dos Rios. Agora a entidade se torna capaz de comandar telepaticamente os animais aquáticos para que estes façam a sua vontade. Peixes pequenos e insetos poderão até cumprir ordens suicidas, mas animais mais complexos como répteis e mamíferos não. É possível para a entidade enfeitiçar um animal para que ele cumpra uma tarefa mais complexa como entregar um objeto a uma pessoa específica ou vigiar um local, mas ao fazer isso ele se torna incapaz de controlar outros animais.
Nível 4 -  Pai D’água. A entidade clama um pequeno corpo d’água como seu território e se torna ciente de tudo que nele ocorre observando através dos olhos dos animais que ali habitam e pode até mesmo se tornar invisível enquanto estiver no local.
Nível 3 – Nado Encantado. O boto consegue encantar algumas pessoas para que respirem e nadem sem dificuldades debaixo d’água desde que elas permaneçam próximas ao caruana. Este poder afeta uma pessoa por nível do poder.
Nível 4 – Cacofonia. Como no nível 2, mas agora o personagem se torna capaz de imitar outras vozes e até mesmo de simular mais de uma pessoa falando ao mesmo. O total de vozes falando ao mesmo tempo é igual a 1d6 mais o bônus de carisma.
Nível 4 – Dom da Boiuna. O personagem consegue criar ilusões sobre si para se esconder ou enganar os outros. Com essa habilidade ele pode parecer outro animal como um jacaré, se transformar em uma canoa ou em uma pessoa. A única limitação da ilusão é que ela não pode ultrapassar o tamanho do Boto.
Nível 4 – Ilusionismo. O boto é capaz de criar ilusões dentro d’água ou na superfície desta.
Nível 5 – Crescendo. O boto pode emitir um grito estridente capaz de estilhaçar vidro e cerâmica e provocar danos consideráveis em seres vivos. Causa 3d6 de dano.
Nível 5 – Conjurar a Boiúna. Permite conjurar uma Boiúna mediante o afogamento de uma vítima em um lago ou rio durante uma noite de lua cheia. A criatura permanecerá sob controle do personagem desde que receba um novo sacrifício a cada lua cheia. Caso seja destruída, o personagem terá de esperar 1 ano e 1 dia para convocar uma nova Boiúna.
Durante o dia a Boiúna dorme metamorfoseada em um tronco no leito do rio onde foi conjurada.
Nível 5 -  Cruzar as Águas. O Boto recupera a lembrança dos caminhos que levam aos rios de outros planos. Cada plano pode ser alcançado em determinados dias e horários definidos pelo narrador. Até o momento nenhum Boto conseguiu lembrar o caminho que leva aos rios de Pindorama.
Nível 5 – Travessia Planar. O caruana aprende os caminhos secretos das águas que permitem alcançar os rios que banham outros planos como o Inferno, Arcádia, Paradísia e até mesmo o Abismo. O personagem, contudo, esta sujeito as condições adversas presentes nas águas desses rios e, devido a maldição de Luison, é incapaz de alcançar os rios de Pindorama.

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