quinta-feira, 6 de abril de 2017

Loisons

As sombras da morte que habitam os cantos remotos exalam a canção da lua. Si eres Luiso o Loisón. Perdon tentaré hablar en su lingua. Estou aqui a muito tempo,Sou a sombra de uma velha maldição, sou o espírito da morte, o amaldiçoado. O desconforto que causo em todos que estejam próximos a mim é uma das expressões desta maldição. Dizem que quando Kerana deu a luz a seu último filho uma estrela brilhou no céu anunciando o fim da maldição, todo o mal havia sido criado e a encarnação final do mal era um cão devorador de cadáveres, meio simio, meio lobo, aquele que seria tomado por uma fúria brutal em toda a lua cheia e transmitiria sua maldição adiante. O filho da morte, o rei dos mortos. Por isso estou aqui, e perdão se te aquaquei à noite na saída do bar, as cidades de fronteira são terríveis. Deixe te falar mais sobre sua maldição, a sombra da morte nos persegue, somos imãs de toda sorte de espíritos, e eles nos procuram por suas pendências, somos assassinos de aluguel e justiceiros, esta é nossa sina e não temos como escapar dela. Os espíritos daqueles que matamos vagam na sombra da morte buscando nossa destruição, esse é o sentido de sua redenção, nosso impeto de violar sepulturas quando tomados pela fúria da lua é nosso tributo a Loison, quando ele toma posse de nosso corpo, e ele falará com você o tempo todo, em sonhos destrutivos e pesadelos inimagináveis, o levará a destruir tudo e por isso é melhor se isolar, você está vivo, mas morreu para o mundo dos vivos, fale com os mortos, eles são agora seus companheiros e aos poucos você verá que são seu exército também, você os serve, mas é o senhor a quem eles prestam tributo.

Nossa Organização

A Condição de nossa maldição nos impõe uma sina, vagar pelo mundo,solitários em busca de nossa redenção. Somos forasteiros, el Capelobo, la bestia, nossa presença provoca desconfiança, incomoda los animales, mata las pequenas plantas, somo los mensageiros de la muerte. Haciemos la limpesa e por isso cuando nos encontramos tomamos um mate, somos solitários por condicão, não escolha, e preciso agora de sua ajuda, el fazendeiro ordenó um massacre contra la tribo, quatro crianças foram muertas, vamos fazer uma visita à casa dele em breve. O sangue derramado se junta à terra e não pode ser subjuldo, a morte chama a morte e somos a expressão dessa velha lógica.Enxergamos o mundo dos espíritos e ele é angústia e dor, a terra chora quando é regada de matéria putrefata. Los muertos ressurgirão no dia do juizo. Vez esta arma que guardo comigo, será el instrumento de la justicia, permitiré que la vítima adentre mi cuerpo para fazer-la. Vamos.

Os outros

Em minhas andanças conheci outros como nós, portadores de uma velha maldição, os filhos de Licaon, e somos semelhantes a eles, por isso por vezes andamos em conjunto, os filhos do guará também, mas de qualquer forma eles as vezes nos consideram “infectados” e nos caçam sem trégua. Há aqueles que andam entre os vivos e os mortos, se chamam Orishas e devo admitir que fizemos alianças profundas com as Iansãs, apesar do temperamento explosivo elas são as rainhas dos mortos e com as Nañas que são as ceifadoras dos galhos podres da árvore da vida, nossa ligação com o inferno vai além das castas condenadas de Jurupari e abrange também uma aliança sólida com os Alastores, de resto entre os chamados Caruanas, apenas os mapinguaris nos entendem e os Sacis nos veneram, outros nos temem ou sempre manifestam algum tipo de desconfiança ante nossa presença.

O que queremos

Devolver o equilíbrio na roda da vida e da morte, cumprindo a sina de que o sangue derramado na terra clama por sangue. Somos os emissário da justiça dos mortos sobre os vivos.   

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